só me falta comer pelo ecrã.
há dias em que só vivo digital.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
uma cama no chão
durante a noite ouvi vozes côncavas, vi vultos negros a entrar e sair do quarto.
diluia-me nos lençóis sem lhes ver os rostos. não tinham rosto, só vozes côncavas e camisolas às riscas vermelhas e pretas. ele perseguiu-me desde a rotunda. vozes côncavas na noite ouvi. o lacrimejar da sanita descontinuava as vozes. as portas rangiam suavam. diluía-me diluía-me, também já sem rosto, sem riscas.
diluia-me nos lençóis sem lhes ver os rostos. não tinham rosto, só vozes côncavas e camisolas às riscas vermelhas e pretas. ele perseguiu-me desde a rotunda. vozes côncavas na noite ouvi. o lacrimejar da sanita descontinuava as vozes. as portas rangiam suavam. diluía-me diluía-me, também já sem rosto, sem riscas.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Dos bastidores
a perna sobe
o olhar, sempre o olhar.
rodopia
um círculo do tempo
cabelos no círculo
espaço a transbordar
o corpo no chão
rastejante
o olhar, sempre o olhar.
às vezes não se vê mais nada.
como um rasto de luz o corpo
e eu a desejar ser o rasto.
o olhar, sempre o olhar.
rodopia
um círculo do tempo
cabelos no círculo
espaço a transbordar
o corpo no chão
rastejante
o olhar, sempre o olhar.
às vezes não se vê mais nada.
como um rasto de luz o corpo
e eu a desejar ser o rasto.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
in italiano si sente meglio
Revelação
E no instante que agora deixou de ser instante percebeu. Num sopro tónico: já não sei chorar por/ para isto. Abriu a boca mas nem um som. Nos olhos um eyeliner de sangue. Não me vês mais não. Abriu a boca mas nem um som. Também ninguém vai chorar por/ para ti.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Febril
não.
o pé não é dali.
prali li não.
quente frio feio
vertigem
ali.
vai.
erhh.
péééé...
cooorpo corpus
carrossel, delírio imaculado da doença misturado com as visões.
com os sonhos vomitados na calçada.
o pé não é dali.
prali li não.
quente frio feio
vertigem
ali.
vai.
erhh.
péééé...
cooorpo corpus
carrossel, delírio imaculado da doença misturado com as visões.
com os sonhos vomitados na calçada.
domingo, 2 de janeiro de 2011
Passeio nocturno
no meio do nevoeiro,
não vi D. Sebastião,
mas na corda bamba do mundo
e na cegueira instaurada
uma camélia branca.
não vi D. Sebastião,
mas na corda bamba do mundo
e na cegueira instaurada
uma camélia branca.
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