terça-feira, 20 de julho de 2010

Sépia

Quando abri os olhos vi o mundo em sépia. E ele olhou para mim. Alaranjado, avermelhado, amarelado, acastanhado, ado ado ado... E tudo ficou preto. E explosão. E só cores fluorescentes. E tudo preto outra vez. O corpo em curva deitado. A dor subia e descia numa excitação de carrossel. Durante meio segundo a posição parecia confortável mas a dor vinha. Subia aguda numa tortura incontrolável. E eu só desejava um bloco de gesso no corpo todo, numa tentativa de imobilzar a dor que se precipitava. E mais ninguém viu o mundo em sépia.

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