sexta-feira, 27 de maio de 2011

PRETO E BRANCO. não existem. sobressalto no trapézio que me mantém acordada para não cair... e se cair? ato braços e pernas, desmembro o corpo e estalo as vértebras numa tentativa de separação. frag-mento-frag-minto: frágil. frágil. não sei se não partir. bocados de mim aqui e acolá. não tenho tempo para os recolher... não tenho tempo, continuamente este nascer e morrer, trapézio, equilíbrio, nunca há, nunca há trapézio, sempre em queda, não sinto nada. o que puseste na minha bebida? a queda em zigue-zague, não sei falar, não reconheço. conheço-te? há quanto tempo? há quanto tempo te abraço? não te abraço, nunca te vi. tenho saudades tuas mas nunca te vi. espeta a tua bela faca no meu peito e procura o que há dentro de mim. não podes... não há corpo, bocados de mim e acolá. nomes sem rosto rostos sem nome, vazios. faltam-me as palavras desbembradas junto de mim.

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