sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

kadinsky monet baroque classic



la bohème
naquela noite embaciada pelo vinho
percebi como Paris coube em mim.
la bohème
sou Paris ao contrário
sou Paris do avesso ou .
que crueldade desumana.
que humana la bohème
embaciado. embaciada melancolia.
mais um copo para esquecer. memorizar?
que seres humanos sois vós?
a face recta
o gesto negligente
la bohème sorri
mais um copo para.
ou.
gelo estudado.
arrepio-me contigo la bohème
e em Paris apetece-me chorar
o ser humano está cada vez mais triste
cruel
cruel
desejo que me peçam para dançar
mélancolie
nas caves que te sustentam
you're experience made you sad
nas superficies labirínticas que mostras
you are mélancolique
com espadas de gelo.
uma pessoa. qualquer. que importa.
la bohème e já não lembro a tua face cruel
só a onda de um lado para o outro. o que move?
e choro em Paris como se sentisse o peso do ser.
nas caves parece que cai todo o peso. acumula-se a gravidade da História.
que sustento?
por isso
la bohème

Sem comentários:

Enviar um comentário